O mês de outubro trouxe muita chuva e muitos prejuízos aos cidadãos de Santa Catarina. A primeira onda de precipitação ocorreu no dia 03 de outubro e até hoje, 20, algumas cidades seguem afetadas.
Além do número expressivo de atendimentos realizados somente nas ocorrências envolvendo as chuvas, mais de 2 mil, esta foi a maior operação de socorro do CBMSC,que envolveu o acionamento de todas das equipes especializadas do Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina (CBMSC), denominadas de Forças-Tarefa (FT). Todas as equipes do estado foram acionadas, fato que desde a criação das FT, em 2011, nunca havia ocorrido.
Nesta semana as ações principais foram de restabelecimento nas regiões atingidas. Com caminhões do tipo Auto Tanque para limpeza das vias, bem como os caminhões de Forças-Tarefa empregados para o transporte de materiais, alimentos e doações. Algumas cidades contam ainda com corte de árvores e desobstrução de ruas, para que o município volte para a normalidade.
Ocorrências atendidas
Confira os atendimentos e recursos empregados pelo CBMSC entre o dia 03 de outubro e hoje, 20:
Linha do tempo do evento climático
Desde o domingo, 01, o CBMSC acompanha as previsões junto ao governador, Jorginho Mello e demais órgãos responsáveis do Governo do Estado.
No dia 03, terça, quando iniciaram as fortes chuvas em solo catarinense, o Comando-Geral da corporação acionou o Centro de Monitoramento do CBMSC, que prontamente apresentou um quadro de business intelligence, com acompanhamento em tempo real das ocorrências, equipes empenhadas e situação do estado, garantindo a gestão, controle, integração e segurança nas informações, para a tomada de decisão, vislumbrando a situação real em todo o estado. Ainda na terça-feira, já havia integrantes do CBMSC no Centro Integrado de Operações (CIOP) da Defesa Civil, em Florianópolis.
Na quarta-feira, 04, considerando o panorama e as previsões, as equipes especializadas de Forças-Tarefa (FT) foram colocadas em sobreaviso, ou seja, os militares deixaram os materiais prontos e estavam à disposição caso fossem acionados.
Na quinta-feira, 05, uma sala de situação com cerca de 15 integrantes foi estruturada dentro do Centro Integrado de Gerenciamento de Riscos e Desastres (CIGERD) da Defesa Civil, que funcionou diariamente, 24 horas, para monitoramento, aproximação e agilidade nas decisões. Todos os dias foram realizadas reuniões nos períodos matutino e vespertino com os comandantes das regiões e dos batalhões traziam um panorama da situação, bem como as possibilidades de solução.
Todas as equipes especializadas foram acionadas
Na sexta-feira, 06, a maior operação de empenho das equipes de Forças-Tarefa na história do CBMSC iniciou, com o acionamento das FTs 10, 14 e 15, dos Batalhões de São José, Xanxerê e Rio do Sul, para suporte nos atendimentos no Alto Vale do Itajaí. Além disso, foram encaminhados os helicópteros Arcanjo 03, do Batalhão de Operações Aéreas em Blumenau, para a região de Rio do Sul e o Arcanjo 01, para a região de Blumenau. No mesmo dia, entrou em sobreaviso também o Batalhão de Ajuda Humanitária da corporação (BAjH).
No domingo, 08, foram encaminhados dois militares para auxílio na organização dos recursos no Alto Vale, o chefe de Gabinete e ajudante-geral do CBMSC, coronel Jefferson de Souza para organização da operação no Alto Vale e ligação entre as equipes de suporte, bem como o tenente-coronel André Luís Hach Pratts, para apoio e ligação nas operações aéreas.
Por conta do acompanhamento constante e uma estratégia bem definida, o CBMSC mostrou maturidade no empenho progressivo das FTs para as regiões afetadas, ao decorrer dos dias. O acionamento prévio possibilitou às equipes a chegada antecipada e segura, visto que as cheias e deslizamentos poderiam obstruir as vias, bem como já estarem nos locais antes mesmo do ápice da necessidade de socorro.
Ainda a corporação contou com os alunos em formação no Curso de Formação de Praças (CFP) de Rio do Sul, bem como os cadetes do Curso de Formação de Oficiais (CFO), que foram empenhados como apoio para essa missão, trazendo aprendizado e experiência aos futuros bombeiros. Eles atuaram em missões de logística, segurança e ajuda humanitária.
Até a sexta-feira, 13, a estrutura das regiões ficou com a seguinte composição:
Estrutura no Alto Vale:
Posto de Comando; Batalhão de Ajuda Humanitária; 2 helicópteros; FTs: 01; 02; 03; 04; 05; 06; 08; 10; 11; 12; 13; 14; 15. Caminhões da FT 03, 05 e 15.
Estrutura no Planalto Norte:
FT 09, FT 01
Estrutura no Litoral:
FT 07; 04 em Itajaí
FT 03; 08 em Blumenau
FT 13 em São João Batista e Tijucas
Além das equipes de FT, BAjH, também atuaram nessa situação integrantes do gabinete do Comando, Estado-Maior-Geral, Diretoria de Logística e Finanças, Centro de Comunicação Social, Divisão de Tecnologia da Informação, Comandantes Regionais e integrantes de diretorias escalados como plantonistas.