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ENTENDA A ESTRUTURA DA FORÇA-TAREFA DO CBMSC

O Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina (CBMSC) criou a Força-Tarefa (FT) da corporação no ano de 2011, considerando que o estado de Santa Catarina sofre com desastres naturais, como por exemplo, o furacão Catarina no sul do estado no ano de 2004, bem como enchentes, enxurradas e escorregamentos em 2008 no Vale do Itajaí.

Força-Tarefa é a reunião de uma equipe de bombeiros militares com habilidades técnicas específicas e que são devidamente selecionados. Esta equipe tem uma rápida capacidade de mobilização e deslocamento, além disso, os profissionais são treinados para respostas de busca e resgate em desastres ou calamidades públicas.

A criação da FT teve a finalidade de potencializar as ações de resposta aos desastres. Atualmente, cada um dos 15 batalhões possuem esquipes de FT com bombeiros militares especializados e aparelhados para trabalhar em situações de desastres naturais e ocorrências de grande magnitude com autonomia.



A distribuição das FT nos batalhões faz com que as equipes possam atuar de forma descentralizada e, por conseguinte, que as ações de mobilização sejam muito mais rápidas e eficientes, havendo plenas condições do primeiro grupo chegar ao local do desastre em poucos minutos – nos maiores centros urbanos – e em poucas horas nas cidades menores.


Estrutura da FT


Cada FT é estruturada com um comandante e um subcomandante, que obrigatoriamente são oficiais militares e responsáveis pelo gerenciamento da equipe, e por praças, encarregados pela parte operacional da missão.

As equipes são compostas por oito bombeiros militares, com viaturas tracionadas, embarcações e ferramentas específicas para atuação nas mais diversas situações. Além disso, os grupos também possuem caminhões de ajuda humanitária, trabalho também realizado pelo CBMSC.



Embora a equipe seja composta por oito profissionais, os batalhões podem ter mais bombeiros capacitados, como no caso do 1º Batalhão de Bombeiros Militar, com sede em Florianópolis, que, atualmente, conta com 17 militares capacitados para desempenho na FT.

Além da estrutura própria, as FTs são combinadas com outras áreas da corporação, garantindo que a atuação seja completa. Geralmente a parceria acontece com as áreas de busca, resgate e salvamento com cães (cinotecnia), com atuação dos chamados binômios - dupla entre bombeiro militar e cão de busca; com o Batalhão de Operações Aéreas (BOA), utilizando as aeronaves; e também com a área de aeronaves não tripuladas, os drones.


Áreas de atuação da FT


As FTs do CBMSC são estruturadas e equipadas para atuação nas seguintes áreas:

- Estruturas colapsadas e desastres urbanos;

- Deslizamentos;

- Alagamentos, inundações e enxurradas;

- Incêndios florestais;

- Acidentes com aeronaves em trânsito;

- Rompimento de barragens;

- Assistência humanitária;

- Restabelecimento.


As áreas de atuação são um norte para os principais tipos de ocorrências que podem ser atendidas pelas FTs, entretanto, os objetivos são:

- prover serviços especializados de socorro (salvamento, busca e resgate) em eventos naturais extremos ou ocorrências de grande magnitude.

- prover serviços especializados de socorro (salvamento, busca e resgate) em qualquer ponto do território catarinense, ou quando solicitado e autorizado pelo Governo do Estado, para apoio em desastres em outros estados da federação ou até mesmo fora do país, com autonomia e eficiência.


Acionamento da FT


A FT será ativada internamente por inciativa do comandante do batalhão toda vez que a capacidade de resposta da Organização Bombeiro Militar (OBM) local for superada, em eventos naturais extremos ou ocorrências ordinárias de grande magnitude, devendo informar o seu comandante regional.

Quando o comandante constata a necessidade de acionamento da FT pode dispor os integrantes em alerta, sobreaviso ou prontidão, dependendo da probabilidade do alerta e da magnitude do desastre.


São eles:

Estado de Alerta: situação que se procede logo após a constatação de acontecimentos que podem gerar uma ocorrência extraordinária (inundações, enxurradas, vendavais). Os cenários que geram o estado de alerta permitem aos responsáveis mobilizarem antecipadamente os recursos operacionais e as equipes para a resposta no menor tempo possível;

Estado de Sobreaviso: situação em que os militares das FTs deverão permanecer em casa, aguardando a qualquer momento o chamado para se colocarem em prontidão;

Estado de Prontidão: situação em que os componentes da FT estarão aquartelados, prontos e em condições de serem ativados para o deslocamento para as áreas afetadas;

Ativação: situação em que os componentes da FT são acionados para que se desloquem com o todo a equipe e material para o local atingido.


A ativação dependerá da magnitude do desastre e será sempre gradativa, a partir da análise da necessidade, seguindo os critérios de localização geográfica e certificação das FTs dos batalhões. Na última situação extrema, em maio de 2022, foi a primeira vez em que um grande número de FTs foi acionado ao mesmo tempo: foram 09 equipes empregadas ao todo, para atendimento das cidades das regiões de Tubarão, Araranguá, Rio do Sul e São José.



Treinamentos


Para que as respostas sejam rápidas e se tenha mais precisão nas ocorrências, as FTs do CBMSC mantém uma rotina de treinamentos, simulando situações reais. Com isso, além de garantir o ritmo das equipes, é possível fazer uma avaliação dos profissionais e dos métodos, verificando os pontos que podem ser aprimorados. Assim, o Subcomando-Geral, responsável pelas equipes, tem controle de quais são as ideais para serem empregadas em cada situação.



Os treinamentos também proporcionam a melhoria do trabalho em equipe, da parte de logística e do comando das operações, fazendo com que todos estejam sempre prontos para atuar.

Acesse aqui o último treinamento da FT-15 em Rio do Sul

Dentro da parte de treinamentos também estão incluídos os seminários, dentre os quais podemos destacar o primeiro Seminário de Resposta a Desastres do CBMSC que trouxe uma análise da primeira década de atuação das FTs, além do delineamento de metas, objetivos e da padronização das equipes.


Histórico


O envio de equipes de Força-Tarefa do CBMSC para apoiar o Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais no desastre do rompimento da barragem de rejeito de minério na cidade de Brumadinho, em Minas Gerais, é um exemplo de atuação fora do estado de Santa Catarina.

A mobilização do efetivo, das viaturas e logística necessária, bem como o deslocamento e atuação em um dos piores cenários de desastres do país, colocaram à prova toda a estrutura até então planejada e criada para esse fim no CBMSC, que se mostrou eficiente do início ao fim da operação.

Nessa grande operação, além da experiência adquirida, as equipes trouxeram consigo ideias e melhorias a serem implementadas em novas missões.

Outra grande operação com a participação do CBMSC foi a ação de combate a incêndio florestal no Pantal Sul Matogrossense - Operação Pantanal – em apoio ao Corpo de Bombeiros Militar do Mato Grosso do Sul (CBMMS), em outubro de 2021, na qual os bombeiros militares de Santa Catarina foram separados em três equipes de FT e destinados a dois locais distintos para combater o incêndio florestal.



Por fim, cita-se a maior atuação integrada das FT do CBMSC no estado, em maio de 2022 em que ao total nove equipes de FT aturam em conjunto para apoio as equipes de plantão de Tubarão, Araranguá, Rio do Sul nas regiões mais afetadas pela chuva.


Créditos:
Texto: soldado Natália Alves Fernandes
Imagens: Divulgação CBMSC
Assessoria de Imprensa CBMSC: (48) 98843-4427
Centro de Comunicação Social
Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina

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