Os alunos do Curso de Formação de Praças (CFP), em Rio do Sul, vivenciaram uma situação inesperada para o período de formação durante a madrugada deste domingo, 10, ao atender uma emergência de obstrução de vias aéreas por corpo estranho (OVACE) em um bebê com apenas 12 dias de vida.
Os pais da criança chegaram ao quartel, fazendo barulho para chamar a atenção da equipe de plantão. Uma das alunas do curso, que estava de sentinela próximo ao portão, foi a primeira a escutar a comoção e agir, entrando em contato com o chefe de socorro de plantão naquela noite. Enquanto isso, outros alunos atenderam ao chamado dos pais, rapidamente identificando os sinais de engasgamento no bebê e iniciando as manobras para desobstruir as vias aéreas do lactente.
Dois alunos realizaram a manobra para salvar o bebê, que já na segunda tentativa esboçou ruídos e gemidos, sinalizando o sucesso na desobstrução. Neste momento, uma das enfermeiras do SAMU também chegava ao local para avaliar a situação. O SAMU assumiu o atendimento ao bebê, que já estava recuperando os movimentos e apresentando a cor rosada natural da pele, e o encaminhou ao Hospital Regional do Alto Vale.
A mãe do bebê relatou que teria amamentado o bebê, o fez arrotar e o colocou para dormir ao seu lado na cama. Logo após retornar de uma ida rápida ao banheiro, percebeu que ele tinha dificuldade para respirar. Diante do temor pela vida do filho, o casal deslocou-se rapidamente de carro até as dependências do quartel em busca de ajuda.
Apesar de esta ser uma história com final feliz, o Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina (CBMSC) orienta que em caso de obstrução das vias aéreas por engasgamento, tanto em bebês como em crianças ou adultos, a primeira coisa a se fazer é ligar para o número de emergência, 193. Em casos de engasgamento, principalmente aqueles em que a obstrução é total e não há respiração, cada segundo é crucial. Acionando o 193, o atendente da Central de Operações Bombeiro Militar (COBOM) irá lhe orientar sobre as manobras de desengasgamento que devem ser feitas na vítima até a chegada da equipe de plantão.