Por Sd Natalia - CCS em Quarta, 12 Abril 2023
Categoria: Notícias Institucionais

CBMSC FINALIZA PERÍCIA EM CASA NOTURNA EM ITAJAÍ

O Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina (CBMSC), em conjunto com a Polícia Científica, realizou a perícia de incêndio em casa noturna, localizada em Itajaí.  

O Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina (CBMSC), em conjunto com a Polícia Científica, realizou a perícia de incêndio em casa noturna, localizada em Itajaí. O incêndio, que ocorreu na manhã do dia 22 de fevereiro, foi combatido por cerca de 25 bombeiros militares e foram utilizados em torno de 300 mil litros de água. O tempo de resposta, ou seja, tempo de deslocamento dos bombeiros militares mais próximos, foi de 15 minutos, mesmo tempo estimado pelo Google Maps conforme trânsito local. A primeira ligação na central de atendimento 193 foi registrada às 10h28. 

As ações de coleta de dados, esquadriamento do local e escavação dos escombros, bem como o levantamento aéreo feito com drone duraram cerca de 5 horas. Alguns materiais relacionados ao fato foram coletados para exames preliminares.

Destaca-se que o local possuía habite-se do CBMSC, estava regularizado, porém não foi possível utilizar o sistema hidráulico preventivo durante o combate por conta do rápido alastramento do incêndio que ocasionou o colapso da estrutura e, consequentemente, prejudicou este sistema. Além disso, as características do terreno dificultaram o acesso ao combate direto às chamas.

Por ser construída essencialmente em madeira, possuir cobertura de telha asfáltica, manta a base de polímero sintético e, em razão do colapso dessa estrutura e a grande carga de incêndio, houve dificuldade na coleta de dados. Diversas evidências referente a origem do incêndio foram perdidas devido a queima intensa e prolongada dos materiais construtivos. Após extinção das chamas, na fase de rescaldo e resfriamento dos remanescentes do incêndio, foi preservado o local de origem do incêndio para que fosse realizada a coleta dos dados.

Seguindo a metodologia de investigação de incêndio, foram realizadas as diligências no espaço em busca do foco inicial para descobrir a causa do mesmo. As marcas de combustão encontradas, bem como o sentido de propagação das chamas levaram à hipótese de que o fogo teria iniciado no piso térreo em uma área denominada Bar 5, onde havia um refrigerador. A fiação elétrica apresentou traços de fusão, indicando que a rede elétrica permaneceu energizada durante o incêndio. O refrigerador foi analisado detalhadamente, seu compressor foi aberto para observar as marcas de combustão e foi constatado que não foi ali que surgiu o incêndio.

A dificuldade para localizar o foco inicial é proporcional ao tamanho e à duração do incêndio. Após análise, por meio de exames visuais dos padrões de queima, dos vestígios, as direções, os sentidos de propagação das chamas procurando localizar os pontos de origem do incêndio, bem como com o auxílio de imagens realizadas no momento do incêndio, é possível afirmar tecnicamente que as chamas se desenvolveram no local definido como Bar 5.

Mesmo após todo esforço dos peritos, não foi possível identificar a causa do incêndio pois não foram encontradas evidências físicas que comprovassem o agente ígneo. No entanto, hipóteses foram levantadas e testadas, restando ao final apenas duas plausíveis: falha de equipamento ou fenômeno termoelétrico. Para fins criminais, destaca-se que não foram encontrados vestígios materiais que indicassem ação humana voluntária.

No vídeo a seguir, o capitão Felipe Daniel da Silva - Perito em Incêndio e Explosão do CBMSC aborda a complexidade da perícia em incêndio e como os peritos atuam para determinar as causas.


Créditos:
Texto: Cristina Schulze– assessora de imprensa do CBMSC | Capitão Felipe Daniel da Silva
Imagens: Divulgação CBMSC
Assessoria de Imprensa CBMSC: (48) 98843-4427
Centro de Comunicação Social
Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina

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